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CASA LUCY in the SKY with DIAMONDS

Com programa distribuído em dois pavimentos, o projeto da Casa Lucy responde ao acentuado declive do terreno, que se volta para uma área de preservação nos fundos do lote. A área social foi disposta no nível inferior, em contato direto com o solo e com o entorno natural, enquanto os dormitórios e banheiros ocupam o pavimento superior.

O acesso pela cota mais alta do terreno posiciona a área íntima junto à fachada frontal, tornando a circulação longitudinal um elemento importante na composição formal da fachada. Essa passagem, concebida como galeria, apresenta uma parede branca contínua com portas para os quartos e uma superfície de vidro voltada para a frente do lote. Inicialmente, previa-se um muro de gabião com altura de 2,10 metros à frente da fachada, criando um filtro visual e abrigando um jardim linear em seu interstício. No entanto, optou-se por manter a fachada completamente envidraçada, em busca de uma expressão mais direta e depurada.

Os dois dormitórios infantis ficam separados da suíte principal pelo vazio da escada, que organiza e articula os dois pavimentos da construção, e sinaliza a entrada da casa. Com cobertura zenital e pérgolas de concreto, a escada conduz ao nível inferior em direção ao bosque no fundo do lote. Essa vista é gradualmente revelada, culminando numa abertura panorâmica ao se alcançar as áreas sociais.

A largura do terreno permitiu uma implantação horizontal e alongada, com os ambientes superiores e inferiores dispostos lado a lado, todos voltados para o quintal e a mata. Grandes esquadrias de alumínio com painéis móveis proporcionam aberturas generosas na área social, com pé-direito de quatro metros e laje plana sustentada por vigas invertidas, que amplia a sensação espacial e luz natural.

O percurso interno valoriza a relação com o exterior: a escada emoldura a paisagem ao fundo, a garagem oferece vista direta para o bosque, e todo o pavimento inferior se conecta ao jardim a poucos passos, até mesmo a partir da lavanderia. O terraço integra os dormitórios, com guarda-corpo que funciona como banco de contemplação. Banheira voltada para a janela também se volta ao bosque, reiterando a conexão contínua com a mata preservada.

As empenas laterais de concreto aparente asseguram a privacidade e delimitam o gesto horizontal da casa, reforçado pelas aberturas e suas caixilharias. Materiais como concreto, vidro, madeira e superfícies brancas foram escolhidos por sua sobriedade, durabilidade e facilidade de manutenção.

 

Equipe Yuri Vasconcelos, Lucas Bochnie, Alexandre Lima, Eduardo Hungaro, Guilherme Feijó, Hannah Kumata, Renata Leite, Amanda Diniz e Leon Andriguetto
324 m2
2021 . campo magro . paraná . br

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